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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CÂMARA NÃO ESTÁ CURADA, ELA APENAS TEVE ALTA

Desde que a rua roncou, em junho de 2013, o Congresso virou uma espécie de clínica para tratar as loucuras dos congressistas. Nessa psicanálise grupal, eles são os clientes e a Opinião Pública a terapeuta.

Em 28 de agosto de 2013, a Câmara surtou, salvou Natan Donadon da cassação e inaugurou um puxadinho na penitenciária da Papuda. A reação da terapeuta OP teve o efeito de um tratamento de choque.

O hospício dividiu-se em dois. Uma parte ficou maníaca. A outra, depressiva. Em meio à atmosfera de demência difusa, as duas alas se deram conta do óbvio: para sair da escuridão, era preciso acender a luz. O cheiro das urnas de 2014 conduziu os malucos à sensatez.

De repente, aprovou-se a emenda constitucional do voto aberto. Nesta quarta (12), ao votar pela segunda vez o pedido de cassação de Donadon, o deputado-presidiário, condenado a 13 anos de cana, não sobreviveu à luz. Os mesmos deputados que o haviam absolvido cassaram-no.

A terapia da luz revelou-se eficiente. Mas não fez milagre. Não se iluda. A Câmara deste dia 12 de fevereiro de 2014 é igualzinha à Câmara de 28 de agosto de 2013. A caminho do plenário, o preso Donadon trocou meia dúzia de palavras com o repórter Gerson Camaroti. Queixou-se do voto aberto: “Vai constranger os parlamentares a votararem contra o seu coração.”

Donadon declarou, com outras palavras, que a Câmara não está curada. Apenas simulou sanidade para receber alta. Passou o efeito daquele surto que levara os deputados às profundezas da regressão total. Mas a loucura continua entranhada no coração. A cada descuido da OP, virão as recaídas. (Fonte: Blog do Josias)

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